Ao mandar seus filhos para um programa de intercâmbio, a primeira pergunta que se faz é: eles realmente vão aprender Inglês? A dúvida, que é grande, é inversamente proporcional a resposta, que é muito pequenina: sim! Aprendem, sim! E aprendem muito mais! E aí a pergunta muda: O que mais eles aprendem?
Logo nos primeiros dias, já notamos as crianças diferentes, após este período de novas experiências pessoais e coletivas. Elas já começam a viver uma rotina diferente da vivida no Brasil, com sentimentos e sensações que os obrigam a crescer, a mudar, e se adaptar. É um momento de grande aprendizagem para pais, filhos e professores.
O nível de ansiedade dos pais começa a abaixar. As ligações que antes eram muitas, agora não passam de uma ou duas, somente para saber como as coisas estão. Os contatos ficam mais espaçados, pois os receios (medos mesmo) já foram eliminados e, a confiança e certeza no intercâmbio, se consolidam.
Nós entendemos este momento inicial, afinal estamos com o seu bem maior - seu tesouro mais precioso! É uma separação incômoda, chorosa, mas que faz bem no final. Na despedida ouvimos: “cuida do meu bebe, por favor?!” Nos contatos posteriores, já ouvimos: “Meu filhão está muito bem! Ele tá tão lindão, como cresceu!”
As crianças – quanta mudança! Além do domínio do idioma, eles já estão diferentes no senso de coletividade, na responsabilidade, na pontualidade (alguns sofrendo mais), na valorização familiar e pessoal. Eles aumentam a auto-estima e adquirem maior maturidade emocional, pessoal, social e financeira (também). Tornam-se autônomos, pró-ativos e independentes. Estão mais tolerantes, diplomáticos e convivem melhor com nacionalidades (de árabe a polonês, de chileno a russo, de japonês a austríaco, uma Babel!), somente usando inglês. Eles mantêm a energia da adolescência, mas com um verniz que os diferencia dos demais. Enfim, eles começam a abrir as asas, mais fortes e seguros, preparados para um vôo mais alto, mais longo, mais desafiador!
Nós, professores e coordenadora, nos sentimos orgulhosos e felizes por participar deste processo de crescimento, deste “ritual de passagem” de um olhar mais “bobinho e sem pretensões”, para um olhar mais robusto e mais precioso. O saldo é positivo, muito positivo!
Mas afinal, o que eles aprendem? Vocês, logo, logo, verão com seus próprios olhos!
Obrigada pelo apoio e confiança,
Cyntia, Gladstone e Rosane